“A Panamericana foi o investimento da minha vida”, diz autor do livro “Considere o Improvável – Alcance o próximo nível como empreendedor”

Ex-aluno do curso de Design Gráfico da escola, Leandro Neves fala sobre sua trajetória como empresário do setor publicitário e sobre a influência que a Panamericana teve em sua bem sucedida carreira no mercado de economia criativa

Autor do livro “Considere o Improvável – Alcance o próximo nível como empreendedor”, Leandro Neves atua no mercado publicitário nos setores do varejo farmacêutico e agronegócio há alguns anos. Ex-aluno do curso de Design Gráfico da Panamericana, o autor escreveu uma espécie de autobiografia contando sobre sua trajetória como empresário do setor publicitário desde o início do seu primeiro negócio, com insights para quem pretende empreender.

Antes de se tornar um bem sucedido empreendedor na área de publicidade e propaganda, Leandro começou sua trajetória profissional como profissional de TI. Seu trabalho era administrar uma rede de computadores em uma distribuidora de aço inoxidável no ABC, ao mesmo tempo em que cursava faculdade de Tecnologia da Informação. Foi nessa época que um colega de classe plantou uma semente na cabeça de Leandro ao revelar que estudaria Design no ITA.

“Fiquei curioso e resolvi pesquisar sobre Design. Pesquisei sobre o ITA e achei que a escola tinha um perfil mais quadrado e técnico, sem muito foco na criatividade. Foi quando me deparei com o site da Panamericana, que tinha um perfil mais criativo e cultural. Resolvi ir até a escola conhecer. Quando cheguei na unidade da Groelândia, na época, pensei ‘Uau! Que ambiente é esse?’. Aquilo era diferente de tudo o que eu conhecia, porque eu sou de São Bernardo, filho de metalúrgico. Achei sensacional aquela energia e no mesmo dia fui conhecer a unidade da Angélica, onde de fato estudei”, conta ele.

Leandro não perdeu tempo, fez sua matrícula no curso de Design Gráfico na hora e já começou a planejar sua transição de carreira: “A empresa em que eu trabalhava na área comercial e de TI estava pagando 50% da minha universidade de TI, mas eu já estava com a cabeça totalmente voltada para o curso de Design Gráfico da Panamericana. Fiquei com receio, estudando como falar para eles que eu queria mudar de área. Resolvi, então, terminar o curso de TI que já estava no finalzinho, ao mesmo tempo em que estudava à noite na Panamericana. Minha cabeça estava maluca, já tinha certeza que eu queria mudar de área”.

O hoje gerente de marketing e empreendedor tomou coragem de confessar para os seus gestores que não se identificava mais com o setor de TI e pediu uma chance de ser realocado na área de marketing da empresa em que trabalhava. Para sua surpresa, seu pedido foi acatado e ele começou a trabalhar como assistente de marketing na mesma companhia enquanto cursava Design Gráfico na Panamericana.

“Foi assim que a minha vida na área de design começou, graças ao encantamento que o ambiente da Panamericana me proporcionou. Eu até lancei um segundo livro agora, que se chama ‘Marketing Disruptivo’, no qual eu falo muito sobre você pensar fora da caixa. Para mim, o pensar fora da caixa vem da minha experiência na escola. Eu me lembro como se fosse hoje, eu chegando naquelas salas da Angélica, aquele monte de paredes de vidro, eu ali aprendendo sobre design e três, quatro salas depois alguém estava estudando fotografia, estava fazendo algum desenho, criando alguma coisa, alguma exposição. Era inspirador”, relembra.

A troca de experiências com os professores e com os outros alunos da escola também foi enriquecedora para Leandro: “No começo eu nem me sentia merecedor de estar ali naquele ambiente. Me sentia muito menino do interior, perdido. Eu nunca tive amigos das áreas de criatividade e não me sentia adequado. Mas eu venci essa primeira barreira. Sou uma pessoa muito expansiva, faço amizades com facilidade, e amo conhecer a cultura e as histórias dos outros. Então eu comecei a me conectar com as pessoas. O ambiente era muito plural e eu amo saber de alguém diferente de mim. Foi uma troca extraordinária, porque eu pude me inserir dentro de um mundo onde eu não era igual. Todos os momentos em que eu estive ali, todos os dias, aquilo era um prazer pra mim”.

A vivência transformadora fez com que Leandro se apaixonasse ainda mais pelo Design e por todo o universo da economia criativa: “Eu comecei a ter contato com ilustradores, com designers, com fotógrafos, com arquitetos, com gente da arte. Aquilo acrescentou tanto na minha vida, de uma maneira tão grande, que eu percebi que eu já estava mudando de verdade. Eu me transformei como profissional, assim como tudo aquilo que eu pensava para mim, todos os projetos que eu tinha de vida. Fazer aulas de luz e sombra, aprendendo conceito, aquela coisa toda, ao mesmo tempo em que ouvia música, era tão inspirador pra mim… eu comecei a ter uma paixão cada vez maior por aquela experiência”.

Leandro não hesita em atribuir à Panamericana a responsabilidade pela virada de chave que aconteceu em sua vida: “Eu amava andar com aquela pasta da escola. Fazia questão de entrar com ela no trabalho porque ela fazia com que eu me sentisse mais designer. Na época, a gente tinha como curadores o Ronald Kapaz e o Washington Olivetto e eu ficava orgulhoso de contar para todo mundo que eu estudava na Panamericana. A verdade é que eu posso atribuir com todas as letras à instituição o rumo que ela deu à minha vida. A Panamericana transformou minha vida. Eu sempre fui muito criativo, muito curioso e muito fora da caixinha, mas estar em um lugar que te proporciona tudo isso, foi o que me catapultou. Foi um baita impulso para eu migrar completamente da área de tecnologia para a área de criatividade”.

Quando terminou o curso da Panamericana, Leandro já estava fixo no departamento de marketing da empresa onde trabalhava, mas resolveu tomar coragem de andar com as suas próprias pernas e pediu demissão para empreender: “Eu queria muito buscar tudo o que o mundo tinha para mim. Montei uma sociedade com um outra cara de comunicação visual para criarmos uma agência de publicidade. Crescemos trabalhando em casa e quando eu resolvi alugar um conjunto comercial para expandir os negócios, ele pulou fora. Ali começou minha carreira solo, como empresário já no setor de comunicação, mexendo com design, com publicidade, com muita coisa legal. Eu posso dizer que, com todos os altos e baixos, foi a melhor escolha que eu fiz na minha vida”.

Foram muitos altos e baixos. A primeira empresa de Leandro cresceu muito até passar por uma crise muito grande e quebrar: “Eu não era um bom gestor, eu não era um bom empresário. E você saber administrar e ganhar dinheiro não tem a ver com a criatividade. Quando eu percebi que eu estava mais empresário do que criativo, do que designer, eu fiquei infeliz. Entrei numa ‘deprê’ maluca, sentava de frente do computador e eu não conseguia criar nada. Minha esposa estava grávida e eu quebrei. Fechei o meu escritório, entreguei a sala e precisei me reinventar. Recomeçar”.

Leandro voltou a trabalhar como diretor de arte em uma das revistas que sua agência atendia e, pouco tempo depois conseguiu um emprego em uma empresa de varejo farmacêutico: “Na busca por boas oportunidades, criei layouts de e-mail marketing e soltei para um mailing grande, para apresentar meu trabalho. No dia do meu aniversário, recebi uma ligação de uma empresa chamada TechLine, me convidando para ir até lá fazer uma entrevista. Foi assim que eu comecei a trabalhar como coordenador de marketing em uma gigante do varejo farmacêutico. Se você for hoje em qualquer farmácia, você ainda vai encontrar embalagem de monitor de pressão, balança digital ou termômetro que eu criei”.

Vinte anos se passaram e Leandro segue trabalhando com criatividade. Sempre que vem à São Paulo faz questão de visitar a escola para ver as exposições e trabalhos dos alunos. “Levei meus filhos na última visita para mostrar para eles onde estudei. Contei para eles que a Panamericana me deu condições de entender que o mundo não é feito de gente igual a mim. Isso foi sensacional, foi libertador, foi muito legal. A escola me levou a conhecer gente melhor do que eu, pra eu poder até subir a minha régua e melhorar o que eu era”.

Hoje, Leandro mora nos Estados Unidos, onde estuda inglês, e atende remotamente empresas da área de energia eólica e da área de aço inoxidável, entre outras, além de trabalhar como gerente de marketing da Weizur do Brasil: “Eu atuo desenvolvendo campanhas, embalagens, rótulos, todos os projetos de stands, toda a comunicação e toda a área visual da empresa. Eu respondo por exatamente tudo. Tudo isso graças a expertise que eu adquiri na Panamericana. Na entrevista com a gestora argentina para esse trabalho eu levei meu portfólio da Panamericana, acredita? Foi assim que eu consegui ser contratado!”.

Para o futuro, o ex-aluno da Panamerica tem planos de abrir sua própria agência nos Estados Unidos: “Eu estou com um business plan pronto para uma agência que vai se chamar New Wave Creative Marketing. Essa empresa já está no papel toda estruturada, já sei o que eu vou oferecer, quantos criativos eu vou ter, o que eu vou fazer, como é que as coisas vão funcionar. Aqui todo mundo empreende e isso abre uma demanda muito grande para profissionais de marketing, de design e de uma série de áreas voltadas para a criatividade. Então, eu enxergo os EUA como um excelente lugar com potencial até para que eu gere emprego, para que eu realmente seja aqui o que eu já fui no Brasil”.

Questionado sobre o que destacaria da sua experiência na Panamericana, Leandro ressaltou a importância do pensar fora da caixa: “Aprendi muita coisa na Panamericana, mas eu acredito que a percepção de conseguir pensar fora da caixinha, de ser um disruptivo, de fazer diferente, me ajuda a conseguir oferecer para os meus clientes algo completamente diferenciado. A escola me ensinou a pensar de maneira criativa. A Panamericana foi o investimento da minha vida. Estar naquele ambiente me transformou completamente. Aconselho quem quer trabalhar com economia criativa a fazer o máximo de esforço para estar em um ambiente como esse. Ele vai ser o agente transformador e o propulsor da sua carreira, daqui até o final dela, pode ter certeza”.

“A Panamericana me abriu muitas portas. Eu sou o que sou, tenho meus dois livros escritos, estou lançando meu curso, tenho hoje uma agência no Brasil, estou com um projeto de uma agência aqui na América pronto para ser implantado, porque boa parte de tudo isso, de toda essa trajetória dos últimos 20 anos, vem daquilo que eu resolvi investir lá no passado, quando resolvi entrar na Panamericana. Não tenho dúvida disso”, finaliza Leandro.

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