10 exposições para visitar durante as férias em São Paulo

Que tal aproveitar janeiro para fazer programas culturais e alimentar seu repertório criativo? Separamos algumas dentre as muitas opções de exposições em cartaz na capital paulista durante o mês de férias escolares

Janeiro é mês de férias das aulas, mas você pode aproveitar o tempo livre para alimentar seu repertório cultural visitando alguma das muitas opções de exposições em cartaz em São Paulo. Separamos algumas dicas que passeiam pelo universo do design, artes plásticas, cinema, moda e fotografia para você se encantar com as mais diversas experiências a criatividade é capaz de proporcionar.

Artistas do Vestir: Uma Costura dos Afetos

Para os apaixonados por moda, a mostra coletiva que reúne o trabalho de mais de 70 artistas fica em cartaz no Itaú Cultural até 23 de fevereiro. Com curadoria de Carol Barreto e Hanayrá Negreiros, a exposição propõe questionamentos a partir da moda que existe muito além das vitrines e passarelas. Ancestralidades, contemporaneidades, tecnologias e fazeres contínuos são apresentados como um convite, também, para que se entenda o ateliê não apenas como um lugar de criação, mas como parte da própria criação.

Flávio Cerqueira – Um Escultor de Significados

Em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo até 17 de fevereiro, a exposição reúne esculturas dos 15 anos de carreira do artista paulistano, que se debruça sobre questões de classe, identidade, raça e gênero para criar. Com curadoria da historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, a mostra conta com dezenas de obras provenientes de museus brasileiros e do exterior em todos os andares do edifício.
Serigrafistas Queer: Liberdade para as Sensibilidades

A primeira exposição monográfica do coletivo argentino Serigrafistas Queer fica em cartaz no MASP até 16 de março. Criado em 2007 durante uma oficina para ensinar ativistas a estampar camisetas para a manifestação do Orgulho LGBTQIA+ em Buenos Aires, o coletivo forma uma rede transversal de artistas e ativistas que usam a serigrafia como ferramenta central para criar mensagens urgentes e sensíveis sobre temas políticos. Sua atuação inclui também performances, jogos colaborativos, oficinas realizadas em manifestações e práticas de agroecologia. Cada obra é fruto de um processo de criação coletiva, desafiando, assim, as noções tradicionais de autoria individual.

Acervo em Transformação – MASP

Ainda no MASP, vale a pena visitar a exposição de longa duração da coleção do museu. As obras instaladas nos cavaletes de cristal — placas de vidro encaixadas em blocos de concreto — ficam dispostas em fileiras sem divisórias na sala ampla do segundo andar do museu criando uma experiência diferenciada para os visitantes acostumados com quadros nas paredes. O espaço aberto, fluido e permeável da galeria oferece múltiplas possibilidades de acesso e de leitura, eliminando hierarquias e roteiros predeterminados.
A Forma do Fim: Esculturas no Acervo da Pinacoteca
Por falar em acervo, fica em cartaz até 9 de março, a exposição que reúne cerca de 40 esculturas do acervo da Pinacoteca, que vão do século XII aos dias de hoje. A mostra – que parte da curiosa coleção máscaras mortuárias moldadas sobre o rosto de pintores como Almeida Júnior e Pedro Alexandrino para investigar os modos como artistas lidam com o tempo e sua experiência – é uma oportunidade para refletir sobre a linguagem, ver e rever obras fundamentais.

O Cinema de Billy Wilder

Até 25 de janeiro, no MIS, é possível visitar a mostra que recria cenários e um panorama dos trabalhos mais influentes do premiado cineasta. A exposição, que destaca 13 das 27 produções de Wilder, propõe ao público uma verdadeira imersão em sua filmografia. Passeando pelos três andares do Museu da Imagem e do Som, é possível mergulhar na piscina de Norma Desmond, dançar com Marilyn Monroe, tramar golpes de indenização no cinema noir, desvendar casos de tribunal concebidos por Agatha Christie, escapar do inferno número 17 e se render aos encantos de Sabrina.

A Vida que se Revela

Em cartaz até 14 de abril na Japan House, a mostra criada em colaboração com o KYOTOGRAPHIE International Photography Festival exibe quatro séries de fotografias que retratam momentos familiares e a intimidade de seus lares no Japão. As séries, que capturam cenas cotidianas do lar, são baseadas em um diálogo entre duas importantes fotógrafas japonesas: Rinko Kawauchi e Tokuko Ushioda. Com entrada gratuita, a exposição conta com várias atividades paralelas para proporcionar aos visitantes uma compreensão mais profunda acerca da exposição.

Nós — Arte e Ciência por Mulheres

O Sesc Interlagos recebe até 30 de março uma importante exposição sobre a trajetória da produção científica, intelectual e artística das mulheres como produtoras e mantenedoras de conhecimento. A mostra apresenta um panorama que valoriza a contribuição das mulheres para o universo da arte e, ao mesmo tempo, expõe as diversas camadas pelas quais historicamente foram invisibilizadas de suas atuações na sociedade. Com concepção do Estúdio M’Baraká e cocuradoria de Isabel Seixas, Letícia Stallone, Gisele Vargas e Diogo Rezende, além da consultoria da pesquisadora Magali Romero Sá, especializada em História da Ciência, a mostra conta com cerca de 300 obras a partir da apresentação de personagens, de iconografia histórica e científica e com os trabalhos de artistas contemporâneas como Berna Reale, Laura Gorski e Ana Teixeira.

Ancestral: Afro-Américas – Estados Unidos e Brasil

A exposição inédita aborda as relações entre os dois países, sob a ótica da diáspora africana e forma como ela está presente nas artes visuais. Em cartaz no Museu de Arte Brasileira da FAAP até 26 de janeiro, a mostra gratuita reúne 134 obras de grandes artistas de ambos os países, oferecendo reflexões sobre a afirmação do corpo, a dimensão onírica dos sonhos e a reivindicação de espaço. Além de homenagear os artistas que desafiaram as brutalidades e o apagamento do colonialismo, a exposição também busca fomentar um diálogo aberto sobre o impacto e a relevância das raízes africanas ancestrais na sua formação e em seus contextos sociais.

Carlito Carvalhosa – A metade do dobro

Em cartaz até 02 de fevereiro no Instituto Tomie Ohtake, a mostra reúne vários exemplos da constante experimentação observada no trabalho do artista paulistano Carlito Carvalhosa entre 1984 e 2021. Com curadoria conjunta de Ana Roman, Lúcia Stumpf, Luis Pérez-Oramas e Paulo Miyada, a exposição conta com cerca de 150 obras que ocupam 3 salas do Instituto. Explorando diferentes materialidades e navegando entre os limites da pintura, escultura e instalação, a mostra perpassa quase quarenta anos da carreira do artista plástico.

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